O desenvolvimento de uma criança não acontece
de forma linear. Muito antes de um bebê murmurar sua primeira palavra, ele
aprende as regras da linguagem e percebe como os adultos a usam para se
comunicar.
Desde o nascimento (muitos pesquisadores
acreditam que o trabalho de compreender a linguagem começa ainda no útero) o
bebê vai absorvendo os sons, os tons e as palavras que moldarão a forma com que
ele vai falar. Ele aprende aos poucos, ouvindo as outras
pessoas conversarem, aprendendo os sons das palavras e como as frases são
estruturadas, na medida em que completa saltos de desenvolvimento mental,
emocional e comportamental.
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Fonte Imagem: Google |
Dos 6 aos 12 meses o bebê passa pela fase da “lalação”,
do treino com monossílabos, a criança fala como se estivesse conversando. Nessa
fase ela entende quando lhe dizem tchau e começa a reservar cada som para um
objeto específico.
6 meses: Lalação espontânea (vocalizações
sociais), “fala com brinquedos”. Vira a cabeça para o lado que vem o som.
Modula a voz para tons graves. Balbucia “mama, papa”, mas sem associar
significado a eles.
7 meses: Faz “m-m-m” quando chora. Lalação:
vocaliza sílabas diferentes do mesmo som ou diferentes sons vocálicos em
diferentes combinações. Ex.: ah, oh, uh, ah, ah. Compreende tonalidades e
inflexões dos outros. Entende o significado de algumas palavras com “não”.
Alguns observam figuras em livros.
8 meses: Lalação: vocaliza sílabas simples
como: ba, ca, da. Podem ser precedidas de vogais como: ah da. Tenta imitar os
pais. Emite sons, reconhece o próprio nome olhando para o falante.
9 meses: Vocalização: “dá dá” ou equivalente,
sem significado especial. Imita sons de tosse, estalo, etc. Compreensão:
responde ao próprio nome e a “não-não”, interrompe a atividade, embora depois
prossiga nela. Balbucia para ouvir a própria voz.
Dos 10 aos 12 meses o bebê já forma o seu
vocabulário, usa “mama, papa” com significado para pai e mãe. Fala uma palavra:
qualquer som usado consistentemente. Não importa a articulação. Compreensão:
adeus e palminhas por meio de ordens dadas pela mãe. Começa a entender: “aqui,
lá, dentro, fora, para cima, para baixo”. Quando quer pedir fala “dá”.
Adriana Salomão é fonoaudióloga especialista no atendimento à crianças.
drisalomao@oi.com.br
Adriana Salomão é fonoaudióloga especialista no atendimento à crianças.
drisalomao@oi.com.br